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sábado, 1 de junho de 2013

Vaidoso, Daniel Alves reforça status de unanimidade na seleção brasileira


"Sou feio, mas estou na moda". A frase de Daniel Alves, em tom de brincadeira sobre seu visual durante uma apresentação à seleção brasileira, em Genebra, na Suíça - óculos de armação grossa, cabelos pintados de loiro, terno, gravata e camisa rosa -, de certa forma explica qual é o atual patamar do lateral-direito.
Após a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, com o Brasil eliminado de forma melancólica pela Holanda nas quartas de final, Dani Alves, como seu nome está grafado no uniforme do Barcelona, não sabe o que é concorrência à altura. Pelo clube catalão, é titular absoluto e incontestável, goza de idolatria e seu futebol ofensivo o coloca como opção até em outras posições - na final do Mundial Interclubes de 2011, contra o Santos, atuou mais como atacante aberto pela direita do que como lateral.
Pela seleção, o baiano de Juazeiro perdeu a concorrência de Maicon, titular até o Mundial de 2010 e em alguns jogos da Copa América de 2011, já que ele sofreu com lesões e ainda não retomou o futebol de alto nível. Apesar de ser um dos mais regulares defendendo o Brasil atualmente, Daniel Alves é criticado pela parte defensiva, que deixa a desejar em certos momentos, mas não a ponto de colocá-lo em xeque. Até porque, seja no futebol europeu ou nacional, é difícil listar um substituto com as mesmas qualidades, como velocidade, chute perigoso e cruzamentos precisos.
Antes de virar unanimidade, a dificuldade era achar uma vaga para Daniel Alves. Com Dunga, para não sacar Maicon, ele atuou pela esquerda e foi até meia, como na final da Copa América de 2007, contra a Argentina, quando fez um dos gols. A partir da era Mano Menezes na seleção, a "Danidependência" só aumentou.
O privilégio de contar com um jogador desse patamar vira uma tremenda dor de cabeça na hora de repor sua ausência por qualquer motivo. Tanto que o técnico Luiz Felipe Scolari, ao invés de apostar em algum nome novo para a lateral direita, optou pelo improviso ao convocar Jean, volante do Fluminense, como reserva imediato de Daniel Alves para a Copa das Confederações, com início em 15 de junho. Sem concorrência e com pouca base de comparação, o receio é por acomodação, embora ele costume ser um dos mais ativos em campo.
Fora de campo, Daniel Alves tem chamado a atenção pelo estilo. Especialmente este ano, passou a ser visto com roupas extravagantes, como a descrita no início deste texto. Em maio, por exemplo, aproveitou a passagem da Fórmula 1 por Barcelona para visitar o piloto brasileiro Felipe Massa. Ele apareceu nos boxes da Ferrari com um terno vermelho, cor da escuderia italiana, e bermuda jeans. "Vaidade não é só coisa de mulher. Os homens precisam ter cuidados também", justificou.
Daniel Alves largou a infância humilde em Juazeiro para tentar a carreira de jogador no Bahia e logo ganhou chance no profissional e na base da seleção brasileira. Ainda jovem, aos 19 anos, chamou a atenção do Sevilla, clube pelo qual se tornou ídolo até chegar ao ápice: assinar com o Barcelona, em 2008. Por clube e seleção soma 23 títulos na carreira, incluindo duas Liga dos Campeões com os catalães. Pelo Brasil, foram 63 partidas e cinco gols, faturando a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009. Com 30 anos, é um dos mais experientes do grupo que Felipão pretende levar até a Copa do Mundo de 2013.
Goste ou não de Daniel Alves, dentro ou fora de campo, ele está na moda.

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