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terça-feira, 2 de julho de 2013

Brasil 3x0 Espanha – Sem dar chances à Fúria, Seleção conquista o tetra da Copa das Confederações

Que o crescimento da Seleção Brasileira é notório, ninguém duvida. Mas poucos acreditavam que os comandados de Luiz Felipe Scolari poderiam, nesta Copa das Confederações, impor uma verdadeira humilhação à Espanha na decisão do torneio. Neste domingo (30), no Maracanã, o discurso que se preocupava em evitar uma goleada dos atuais campeões do mundo e das duas últimas Eurocopas se converteu em confiança. Fruto de uma marcação pesada sobre Xavi, Iniesta e companhia, que mal viram a cor da bola no templo do futebol brasileiro. Fred – duas vezes – e Neymar marcaram os gols da vitória convincente por 3 a 0 que garantiu ao time canarinho o tetracampeonato.

Gol relâmpago e confiança
O gol relâmpago, aquele fator que tanto ajudou a Seleção nesta Copa das Confederações e que preocupava o técnico Vicente del Bosque, voltou a ser atração especial para a torcida brasileira na final. Após lançamento de Hulk da direita, Neymar e Fred travaram disputa intensa com Piqué e Arbeloa na pequena área. Melhor para o centroavante, que, mesmo caído, conseguiu emendar um chute preciso e pareceu ter feito o Maracanã explodir em meio aos gritos vindos das arquibancadas. Num lance de muita raça, os comandados de Felipão balançaram as redes com menos de dois minutos.

A Espanha, então, viu sua pretensão de dominar o início da partida completamente frustrada. Os donos da casa ganharam confiança após o gol e, surpreendentemente, impuseram ampla vantagem sobre a Fúria, geralmente tão respeitada quando o quesito em pauta é a posse de bola. Aos oito, Oscar recebeu passe de calcanhar de Fred e disparou rasteiro, muito perto da trave, mas à sua esquerda. E o goleiro Casillas precisou trabalhar minutos depois quando Paulinho, após roubar a redonda na entrada da área, tentou toque por cobertura e por pouco não anotou um golaço.

Algumas faltas duras evidenciavam o incômodo dos espanhóis com o cenário que se desenhava. Mesmo tendo chegado mais à área brasileira à medida que o relógio corria, a Fúria pouco assustava, muito por conta da marcação forte promovida pela dupla de volantes brasileiros sobre as atrações do meio-campo adversário, Xavi e Iniesta. Destaque maior foi Casillas, responsável por uma das mais belas defesas da Copa das Confederações, aos 31 minutos. A partir da arrancada de Neymar no contra-ataque, Fred recebeu pelo meio e fez explodir a bola no capitão espanhol à queima-roupa.

Porém, melhor do que qualquer defesa de goleiro foi a intervenção triunfal de David Luiz aos 40. Quando o gol do apagado Pedro, após passe de Mata, parecia mais do que concretizado, o zagueiro surgiu em cima da linha para dar um bico e se redimir do pênalti infantil cometido diante dos uruguaios na semifinal. Nesta noite, foi herói. E isso tudo era só uma prévia do que viria a se tornar a festa aos 44. Mostrando novamente a força do contra-ataque brasileiro, Neymar tabelou com Oscar e recebeu em condição legal. Resultado: chute firme de perna esquerda e quarto gol dele na competição.
Fred completa a festa
O gol relâmpago. De novo, a arma serviu de motor para incendiar o Maraca, dar tranquilidade ao escrete canarinho e desesperar os espanhóis. Aos dois minutos após o retorno dos vestiários, Hulk passou para Neymar, que por sua vez deixou para Fred acertar o canto esquerdo de Casillas e fazer o terceiro. O ambiente era tão favorável ao time da casa que poucos pareciam acreditar que Sergio Ramos realmente colocaria a bola no fundo das redes quando Marcelo cometeu falta dentro da área em Jesús Navas. Julio César nem precisou trabalhar. O chute para fora, à direita, foi a segunda penalidade perdida pelos comandados de Del Bosque na Copa das Confederações.
O jogo era bom. Chances aconteceriam para os dois lados, com desvantagem para a Espanha, que pecava nas finalizações. Iniesta arriscou aos 12, mas não deu muito trabalho ao goleiro brasileiro. Em seguida, Hulk recebeu de Neymar e tentou por cobertura, mas Casillas saiu bem para evitar maior perigo. O treinador espanhol, que já havia trocado Mata por Navas, tentou modificar as peças, com David Villa no lugar de Fernando Torres.
Indícios de que uma goleada ainda mais elástica estava por vir não faltaram. Em cobrança de falta na entrada da grande área, aos 24, Neymar bateu por cima de meta. Antes, Piqué havia recebido o cartão vermelho ao tentar parar o atacante que disparava em direção ao gol. Nas mudanças de Felipão, novidades. Hulk desta vez foi ovacionado no momento em que dava lugar a Jadson. Aos 37, Jô tentou deixar o seu. Antes do apito, houve tempo para uma grande defesa de Júlio César na tentativa de Villa de buscar o ângulo.
Nunca um campeão da Copa das Confederações venceu uma Copa do Mundo. Cabe ao grupo atual mudar a história em 2014. O fato, no entanto, não parece preocupar muito o torcedor brasileiro neste momento. Após mais um dia de protestos que terminou com cenas impressionantes de violência policial no Rio de Janeiro, o Brasil teve seus motivos para sorrir um pouco.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 3 X 0 ESPANHA
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 30/6/2013, às 19h
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)
Público: 73.531 presentes
Cartões amarelos: Arbeloa, Sergio Ramos (ESP)
Cartão vermelho: Piqué (ESP)
Gols: Fred, aos 2'/1ºT; Neymar, aos 44'/1ºT; Fred, aos 2'/2ºT
BRASIL: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes - 42'/2ºT) e Oscar; Hulk (Jadson - 27'/2ºT), Neymar e Fred (Jô - 34'/2ºT). Técnico: Felipão.
ESPANHA: Casillas, Arbeloa (Azpilicueta - intervalo), Piqué, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Mata (Jesús Navas - 7'/2ºT); Pedro e Fernando Torres (David Villa - 13'/2ºT). Técnico: Vicente Del Bosque.
 

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