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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

São Paulo vence, respira e empurra o Vasco para zona do rebaixamento

Vasco e São Paulo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência o Globo)
Dez títulos nacionais, ídolos como Juninho Pernambucano e Rogério Ceni em campo e uma dramática luta contra o rebaixamento, em São Januário. Em um confronto de gigantes enfraquecidos e ameaçados, só o São Paulo vai poder respirar aliviado após a 21ª rodada. Esqueça o brilhantismo de clubes que até já decidiram o Brasileirão. No jogo deste domingo, pesou a eficiência dos times de Muricy Ramalho para o Tricolor vencer por 2 a 0 e trocar de posição com  o Vasco no grupo dos quatro piores do Brasileirão.
Nem Jadson, Ganso ou Luis Fabiano. O triunfo começou com um garoto de 20 anos que não tem a fama das estrelas, mas vem mostrando muita eficiência. Rodrigo Caio, curinga capaz de se adaptar a todas as posições da defesa, acertou uma cabeçada de atacante para marcar e causar inveja a um rival que completou três rodadas sem balançar a rede. No momento em que o Vasco mais pressionava no segundo tempo, o goleiro Diogo SIlva cometeu uma falha grotesca ao tentar socar a bola na área. Antônio Carlos recebeu o presente e fechou o placar.
A segunda vitória seguida do Tricolor desde a saída de Paulo Autuori e a chegada de Muricy deixa os clubes empatados com 24 pontos. O São Paulo sobe para o 16º lugar e sai da zona do rebaixamento depois de 12 rodadas. A diferença dos times está no saldo de gols: menos dois contra sete negativos. O Vasco cai para 17º e se transforma no novo integrante do grupo dos quatro piores.
Além do mau momento do ataque, o Gigante da Colina acumula uma série ruim de resultados que o deixa à beira da crise e do temor de voltar à Série B na próxima temporada. O time conquistou apenas uma vitória nos últimos oito jogos e vê a pressão sobre o técnico Dorival Júnior crescer.

Na próxima rodada, os dois times voltam a enfrentar equipes que estão na metade de baixo da tabela. O Vasco recebe o Vitória, quarta-feira, às 19h30m, em São Januário. O São Paulo encara o Atlético-MG, no mesmo dia, às 21h50m, no Morumbi.
Tricolor larga na frente
Muricy Ramalho surpreendeu ao escalar o São Paulo mais ofensivo fora de casa. Jadson foi o escolhido do treinador para ocupar o lugar do volante Denilson, suspenso. O Tricolor ganhou um poder de criação maior e quase tirou proveito disso no primeiro minuto com uma outra novidade no retorno do técnico ao Morumbi. Maicon recebeu passe na entrada da área e chutou rasteiro, rente à trave esquerda de Diogo Silva.
Apesar da formação mais ofensiva do rival, o Vasco teve dificuldades para encontrar espaços. Juninho Pernambucano, como de costume, serviu como o cérebro para organizar um time que já vinha de dois jogos sem gol - Willie e André tinham atuações apenas discretas. Só Marlone assustou e quase fez um golaço ao driblar Rafael Toloi com um toque de cabeça, mas chutou fraco, nas mãos de Rogério Ceni.
O ataque são-paulino também não viveu uma tarde inspirada. Jadson e Ganso não se entenderam e pouco acionaram Osvaldo e Luis Fabiano. A solução veio pela cabeça de um dos poucos destaques da equipe em 2013. Zagueiro, lateral ou volante, Rodrigo Caio parecia um centroavante ao subir livre no meio da área aos 30 minutos e desviar. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.
O Vasco se enervou com a desvantagem e, com pouca organização, tentou pressionar nos minutos finais. A defesa são-paulina parecia interessada em colaborar. Os cariocas abusaram dos cruzamentos para a área, nenhum deles aproveitado por André. Marlone, após um belo chapéu em Reinaldo na área, reclamou de um toque de mão de Rodrigo Caio que não existiu. Muito pouco para reagir.
Ah, Diogo Silva...
Dorival Júnior apostou em aumentar o poder ofensivo do Vasco no retorno do intervalo com as entradas de Dakson e Reginaldo nas vagas de Abuda e Willie. Os substitutos tiveram boas chances nos primeiros minutos. Logo de cara, o meio-campista cabeceou, a bola tocou no chão e passou rente ao travessão. Em seguida, o centroavante recebeu na área e bateu para Ceni tirar a bola com os pés.
A entrada de Welliton no lugar de Osvaldo em nada melhorou o contra-ataque do São Paulo. O time sofreu para encaixar o lance que poderia decidir a partida e permitiu que o Vasco continuasse em cima. Antônio Carlos quase ajudou ao errar um corte na área. Marlone chutou para fora. Juninho também tentou resolver de seu modo característico, cobrando falta, mas Ceni defendeu.
No momento em que os cariocas cresciam, um erro grotesco de Diogo Silva acabou com qualquer possibilidade de reação, aos 24 minutos. Após cobrança de escanteio para a área, o goleiro tentou afastar a bola com um soco, mas errou e a colocou nos pés de Antônio Carlos. Desvio simples para a rede, primeiro gol dele pelo novo clube e vitória praticamente assegurada.
O Vasco sentiu (e muito) o placar ainda mais desfavorável. Para piorar, a torcida passou a vaiar a cada toque na bola de Diogo Silva e a gritar "time sem vergonha". O São Paulo fez o suficiente para segurar a vitória. Aloísio, em bela jogada individual, só não fez o terceiro por causa de bela defesa do goleiro vascaíno. Insuficiente para acalmar a torcida e impedir que a crise volte a São Januário.

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