O atleta, hoje no Atlético-MG, tem mantido a postura nos bastidores. Pessoas ligadas à diretoria rubro-negra afirmaram que o ex-camisa 10 da Gávea deseja encerrar a questão rapidamente e amenizar sua relação com a torcida carioca, pois pretende frequentar a cidade. Ele manteve sua casa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
A cúpula do clube também tem interesse em resolver a pendência antes da eleição, marcada para 3 de dezembro, especialmente por conta do valor total da ação, que, embora possa vir a ser reduzido, serve de arma para os opositores. A postura do Flamengo mudou completamente em relação ao início do processo. Quando Ronaldinho acionou o clube na Justiça do Trabalho com uma cobrança de R$ 40 milhões, o clube prometeu usar todas as armas possíveis para derrotar o jogador no tribunal. O vice-presidente jurídico do clube, Rafael de Piro, avisou que daria um “tiro de canhão” para ganhar a causa. Cinco dias depois da rescisão contratual, o contra-ataque se traduziu no anúncio da existência de um exame de sangue realizado em dia de treino que apontaria a presença de álcool no organismo do jogador. O anúncio foi feito por De Piro no dia 5 de junho. Seis dias depois, o chefe do departamento médico rubro-negro, José Luiz Runco, desmentiu o teor do exame e criou uma crise interna. Ronaldinho Gaúcho entrou com mais uma ação contra o Flamengo, desta vez cobrando uma indenização de R$ 15 mihões por danos morais. Sem provas, o clube recuou e passou a buscar um acordo.
Porém, a advogada de Ronaldinho, Gislaine Nunes, não se mostrou otimista ao deixar a sala de audiências na semana passada, o mesmo ocorrendo com Bichara Neto, contratado pelo Flamengo. Os advogados de ambas as partes têm adotado cautela no discurso em função do segredo de Justiça, mesma postura de Rafael de Piro, que evita falar sobre o tema.
As garantias para o possível acordo deverão ser as cotas de transmissão de jogos. O Flamengo já adiantou R$ 40 milhões na renovação do contrato, verba que seria usada para pagar impostos em atraso. Em acordos judiciais recentes, como o feito com Deivid, o Flamengo também ofereceu essas cotas como garantia, além de outras cláusulas de proteção como multa de 50% por atraso na quitação de parcelas.
Ação contra a Traffic em pauta
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no dia 26 de setembro, o diretor executivo da Traffic, Stefano Hawilla, disse não temer uma ação por parte do clube.
- De jeito nenhum, a gente não tem nenhum vínculo trabalhista com o Ronaldinho. Eu ajudava o Flamengo a pagar, mas nunca tivemos nenhum vínculo trabalhista com o Ronaldinho. Temos uma relação muito boa com ele e com o Assis.Com informações da Globo.
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