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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Com três gols de Luan, Cruzeiro vence e afunda o São Paulo na crise

Luan cruzeiro gol são paulo série A (Foto: Daniel Vorley / Agência Estado)
Não poderia haver melhor momento para o Cruzeiro quebrar o tabu de nove anos sem vencer o São Paulo no Campeonato Brasileiro. E não foi qualquer vitória. Frios e precisos como verdadeiros candidatos ao título, os mineiros contaram com a atuação inspirada do atacante Luan no segundo tempo para fazer 3 a 0 e impor ao Tricolor a maior série de derrotas de sua história - já são sete seguidas.
A Raposa teve o controle da partida durante todo o tempo. Mal tecnicamente, o São Paulo ofereceu pouco perigo e acabou sendo castigado no instante em que parecia jogar bem. Luan, aquele mesmo tão criticado pela torcida do Palmeiras, acertou um lindo chute de primeira no ângulo. Perto do fim, em contra-ataques, anotou mais dois e coroou a grande exibição azul.
Luan, que oficialmente não pode escolher música no "Fantástico", pelo fato de o jogo não ser no domingo, aproveitou a entrevista ao SporTV no fim do jogo e fez o seu pedido: "Nada como um dia após o outro dia", dos Racionais MCs.
O triunfo na capital paulista, o primeiro como visitante no torneio, coloca o Cruzeiro em ótima situação. O clube de Belo Horizonte soma agora 15 pontos, atingindo a vice-liderança e torcendo por tropeços dos adversários diretos no complemento da oitava rodada. No próximo domingo, faz o clássico contra o Atlético-MG, às 16h, no Mineirão.

Já o São Paulo acumula problemas fora de campo e resultados ruins. Não faltaram protestos antes e depois do jogo. Durante a partida, as organizadas vetaram críticas ao presidente Juvenal Juvêncio. O time chegou ao décimo jogo sem vencer, apenas um a menos que nas temporadas de 51 e 86. Esta também foi a sétima derrota consecutiva, feito inédito na história do clube - em 36, havia perdido seis.

Os jogos de domingo ainda poderão colocar o Tricolor na zona do rebaixamento. A equipe dirigida por Paulo Autuori tem somente oito pontos, um acima do grupo dos quatro piores. Na próxima quarta-feira, enfrenta o Internacional, às 21h, no Morumbi, em partida adiantada da 12ª rodada.

Raposa leva mais perigo. Tricolor sofre

Um segundo de jogo foi tempo suficiente para refletir com precisão o atual momento vivido pelo São Paulo. Um segundo, um toque na bola no apito inicial, e Luis Fabiano errou o primeiro passe. Era o prenúncio da maior dificuldade que o Tricolor teria para chegar ao ataque. Chegou pouco, arrastado, sofrendo para passar pela forte marcação feita pelo Cruzeiro. Era uma pista para o 0 a 0.

A Raposa começou melhor. Marcelo Oliveira adiantou o time no campo rival e atrapalhou a saída de bola. Se a fase de Rogério Ceni fosse tão ruim como disse o diretor Adalberto Baptista, os mineiros poderiam ter obtido a vantagem. Everton Ribeiro e Vinícius Araújo pararam em duas boas defesas do camisa 1. A segunda, com os pés.

O São Paulo só conseguiu deixar a defesa quando Jadson passou a se movimentar mais na linha dos volantes para armar o time. Ganso, de novo, apareceu pouco. Lento e sem objetividade, sobrecarregou Jadson e contribuiu para os são-paulinos insistirem em demasia em passes pelo meio. Todos facilmente cortados por Bruno Rodrigo e Dedé.

As únicas oportunidades surgiram em lances isolados e, mesmo assim, sem grande trabalho para o goleiro Fábio. Luis Fabiano teve o nome gritado pela torcida ao arriscar da entrada da área, mas errando o alvo. Depois, foi a vez de Osvaldo bater fraco após roubada de bola de Douglas na intermediária. Muito pouco para quem sonha reagir.

Luan 1, 2, 3...

Os primeiros cinco minutos do segundo tempo deram a sensação de que o São Paulo havia voltado diferente. Os erros de passes, principalmente de Denilson, continuaram, mas o Tricolor reapareceu incisivo, com mais velocidade e chegando rapidamente ao ataque. Jadson, em chute na marca do pênalti e em cruzamento com desvio, parou em boas defesas de Fábio.

Quando os paulistas pareciam deslanchar, o Cruzeiro soube usar a paciência e a precisão para abrir o placar, aos seis. E que precisão! Após cruzamento da direita, a zaga são-paulina voltou a falhar. Douglas não alcançou a bola, e Luan, de primeira, colocou no ângulo direito de Rogério Ceni. Um golaço!

Com os inúmeros problemas defensivos, Paulo Autuori optou por não abrir o time. A solução foi mexer no ataque, tirando Luis Fabiano e colocando Aloísio. O setor ganhou velocidade para abrir a defesa rival, mas não teve qualidade. O “Boi Bandido” apareceu duas vezes na cara de Fábio, mas, em ambas, concluiu errado e levou a torcida ao desespero e aos gritos de “queremos jogador”.

A mesma tranquilidade para fazer o primeiro gol o Cruzeiro teve para acabar com qualquer chance de reação do adversário. Os mineiros se posicionaram atrás da linha do meio de campo, permitiram que o rival avançasse e, na hora certa, sacramentaram a vitória.
Noite mágica de Luan. Em dois contra-ataques certeiros, o atacante recebeu livre para vencer Ceni e confirmar a Raposa como uma séria candidata ao título. Do outro lado, os gritos de "Fora, Juvenal" ecoavam pelo Morumbi quase vazio.

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