Faz sete meses neste sábado que Osvaldo comemorou pela última vez um gol seu pelo São Paulo . O atacante balançou a rede em 28 de fevereiro, em vitória sobre o The Strongest, pela fase de grupos da Copa Libertadores, e desde então acumula um jejum incompreensível, sob comando de três treinadores diferentes.
Depois de Ney Franco e Paulo Autuori, desta vez é Muricy Ramalho quem tenta entendê-lo. Há quem acredite que o jogador se deslumbrou com as convocações à seleção brasileira - uma contradição, dado seu perfil humilde. Outra via pensa que ele caiu de rendimento por não ter se transferido para o exterior quando recebeu propostas milionárias do futebol ucraniano.
"É função do técnico conversar com jogador que não apresenta o desempenho que apresentava. Tem que ver o que está acontecendo. Às vezes é posicionamento errado, insatisfação com alguma coisa. Tem de colocar para fora", disse Muricy, ao adiantar que já procurou ouvir o atleta.
"Já conversamos, depende dele. Jogador de futebol, quando não está bem, tem que lutar. Essa luta, ele não pode perder. Ele tem que entender que, se não está bem, o adversário não vai poder jogar. Tem que ajudar seu time taticamente, de alguma forma. Só existe um jeito de se recuperar: querendo", opinou.
Desde aquele dia em que aproveitou rebote na área e contou com ajuda do goleiro, Osvaldo passou em branco em outras 36 partidas (cinco pela Libertadores, cinco pelo Campeonato Paulista, duas pela Recopa Sul-americana, uma pela Sul-americana, duas pela Copa Audi, uma pela Copa Eusébio e 20 pelo Brasileiro).
O pior é que o camisa 17 se destacou no clube não exatamente pelos gols, mas sim por dribles e assistências principalmente a Luis Fabiano. Nem isso, porém, tem conseguido. Na quinta-feira, ele entrou em campo no segundo tempo e, ao arriscar jogadas individuais, foi facilmente anulado pelos defensores da Universidad Católica, nas oitavas de final da Sul-americana.
"Mas, daqui a pouco volta, acha o caminho de novo. Não pode ter esquecido aquilo que ele fez no passado", espera Muricy, às vésperas de duelo com o Grêmio, no domingo, quando Osvaldo provavelmente iniciará a partida no banco de reservas do Morumbi.
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