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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Da Lupa alega inocência da Lusa e pede ao MP acareação por indícios de fraude

A revelação feita pelo promotor Roberto Senise Lisboa de que até seis pessoas de dentro da Portuguesa sabiam que Héverton seria julgado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) não foi novidade para Manuel da Lupa, ex-presidente do clube. O dirigente admitiu ter ciência de que o meia iria a julgamento. O que ele voltou a defender, porém, é que o time não foi comunicado por seu advogado da suspensão ao atleta e disse ainda duvidar que alguém da própria Lusa tenha prejudicado a equipe de propósito.
"De acordo jurídico do clube, o Gilberto tinha sido julgado na segunda-feira e o [advogado Osvaldo] Sestário entrou com efeito suspensivo. Todo mundo ficou de olho no Gilberto porque ele era o centroavante do time. E o que aconteceu: o STJD não deu nenhuma decisão e, de cautela, não puseram o jogador pra jogar", explicou Da Lupa.
“Ninguém se preocupou muito com o Héverton, jogador de reserva. Ele foi julgado na sexta e aí que deu a briga. O departamento jurídico alega que ninguém comunicou. Lá do Rio, [o Sestário] alega que comunicou. O que o promotor tem a fazer é ouvir os dois e acarear para ver tudo. Eu sou totalmente favorável”, completou o dirigente.
Segundo Senise, há fortes indícios de que houve favorecimento ilícito no caso. Isto é, alguém de dentro do clube pode tê-lo prejudicado de propósito em benefício próprio. Tese que foi rebatida pelo ex-presidente da Lusa.
“Não acredito que [alguém do clube] esteja envolvido. Mas, se tiver, o promotor tem que apurar. Pode ter havido até descuido, mas não acho que alguém tenha agido de má-fé. Mas o que fazer? Se tem indício de alguma coisa, olha a conta, olha o celular, olha o computador. Eu não tenho absolutamente nada contra”, afirmou o dirigente.
“Tem que apurar e quem estiver mentindo tem que se justificar. A outra coisa é problema de grana. Que se alguém recebeu algum centavo, pô... Aqui não ia entrar. Se tem alguém que eventualmente recebeu, que seja púnico. Eu acho muito difícil alguém envolvido em parte financeira porque a Portuguesa não é disso, mas a gente não pode falar pelos outros”, completou Da Lupa.
Questionado sobre qual solução imagina como a ideal para o problema, uma vez que liminares ganhas por torcedores nas Justiças de São Paulo e Rio de Janeiro impedem hoje a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de rebaixar Portuguesa, Flamengo e Fluminense, o ex-mandatário luso falou que o ideal é que o tricolor carioca jogue a Série B em 2014.
“O Fluminense tem que ir pra segunda divisão porque perdeu em campo. A Portuguesa tem razão, cara. A CBF não vai concordar porque vai querer brigar, que é o direito que ela tem. Mas, se você analisar friamente sem paixão de clube nenhum, a Portuguesa se classificou no campo. A CBF não atendeu o Estatuto do Torcedor. No final ela tem que colocar a Portuguesa e o Flamengo com os pontos que eles ganharam”, disse o dirigente.

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