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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Fernandinho supera 'cota Shakhtar' e se apoia em boa fase para voltar à seleção

Mano Menezes assumiu a seleção brasileira com o objetivo de renovar o grupo que sucumbiu para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Apesar de chamar nomes pedidos pela torcida na época, como Ganso, Neymar e Pato, o treinador recorreu a jogadores pouco populares ou de centros menos prestigiados do futebol, como a Ucrânia. Com um elenco recheado de brasileiros, o Shakhtar Donetsk ganhou representantes nas convocações, como os meias Douglas Costa e Jadson, e o volante Fernandinho. A falta de resultados consistentes na passagem do técnico, encerrada em novembro de 2012, gerou até um rótulo jocozo a esses atletas que atuavam no Leste europeu: a "cota Shakhtar".
Fernandinho diz não se incomodar com o apelido maldoso, mas a mudança de comando na seleção e o fato de não ser convocado há quase dois anos - a última vez foi em fevereiro de 2012 para um amistoso contra a Bósnia-Herzegovina - levaram o jogador de 28 anos a buscar novos ares em ligas mais fortes da Europa. Em junho de 2013 chegou uma proposta de 35 milhões de libras (cerca de R$ 140 milhões na cotação atual) do Manchester City. Com um time ofensivo, e tendo função de destaque no sistema implantado pelo técnico Manuel Pellegrini, o brasileiro passou a ser mais visto. Falta, porém, a análise de quem ele mais espera: Luiz Felipe Scolari.
"Nunca me incomodou (a "cota Shakhtar"), nunca me preocupei. Foi uma aposta que o treinador (Mano Menezes) fez independentemente do time pelo qual eu jogava. O pessoal no Brasil tinha todo o direito de não gostar. Mas querer voltar à seleção brasileira influenciou bastante na minha decisão de mudar de clube. Sempre tive o sonho de fazer parte desse grupo, lutei para deixar o Shakhtar porque meu sonho era a seleção e jogando bem na Inglaterra eu teria mais chances de ser lembrado. Apostei minhas fichas nisso", contou Fernandinho.
Até Pellegrini engrossou o coro por Fernandinho na seleção. Em recente entrevista, o técnico do City disse não entender sua ausência nas convocações. "Mas acho que Scolari vai chamá-lo antes de fechar sua lista para a Copa", apostou o chileno. O jogador aguarda, e disse não ter sido contactado por ninguém da comissão técnica de Felipão. "Que eu saiba, nem o clube foi procurado pela CBF. Estou trabalhando esperançoso por uma chance".
Arrisca um palpite sobre essa chance, Fernandinho? "Talvez seja de 80%. Seguirei com essa esperança até 12 de fevereiro." A data citada pelo jogador é quando Scolari fará a convocação para o amistoso de 5 de março, contra a África do Sul, em Johanesburgo, dois meses antes de revelar a lista final para a Copa de 2014. Se seu nome não aparecer na relação, o sonho de jogar o Mundial no Brasil é "quase zero", nas palavras do próprio jogador.
Luiz Gustavo, Ramires, Hernanes e Paulinho são os jogadores que Felipão têm chamado para a mesma posição de Fernandinho. Lucas Leiva também recebeu chance nos últimos amistosos de 2013, mas o volante do Liverpool teve uma lesão no joelho direito detectada no último dia 21. Como o tempo de recuperação é de até oito semanas, ele não deve ser convocado. Resta saber se Scolari testará um novo nome para o meio de campo no compromisso diante dos sul-africanos.
Revelado pelo Atlético Paranaense, Fernandinho passou oito temporadas defendendo o Shakhtar Donetsk e se tornou um dos ídolos da fase "brasileira" do clube, com seis títulos ucranianos conquistados e uma Copa da Uefa (atual Liga Europa), em 2009. Pela seleção foram cinco partidas, sem gols marcados.

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