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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Superclássico esfria sequência, mas abre espaço para novos testes na Seleção de Mano


Testados por olhares fanáticos a cada rodada do Campeonato Brasileiro, alguns jogadores das principais equipes do torneio terão um desafio ainda mais significativo no próximo dia 19. Na última segunda-feira (10), o técnico Mano Menezes anunciou a lista dos convocados que vestirão a camisa verde-amarela no primeiro jogo do Superclássico das Américas, contra a Argentina, que será realizado no estádio Serra Dourada, na capital goiana.

Com a justificativa de valorizar o futebol local, o regulamento prevê que apenas atletas em atuação nos seus países sejam convocados. No caso do Brasil, a medida é desastrosa no sentido de quebrar completamente a sequência que o time principal vinha adquirindo. Mas, por outro lado, acende a esperança de que Mano encontre a parcela de 30% do elenco que, segundo ele, ainda não está definida para a Copa de 2014.

Mas quantos desses jogadores convocados podem realmente conquistar um espaço de expressão na equipe Canarinho? Quais deles ficarão para trás, apenas com a lembrança de um dia terem vestido a camisa da Seleção? O SAMBAFOOT faz aqui uma análise dos selecionados pelo treinador do time brasileiro.

Ausência de Cavalieri não satisfaz

A posição de goleiro é sempre delicada. Convocado para os amistosos contra a África do Sul e a China, Diego Alves, do Valência, não fez feio - e nem poderia ser diferente, tendo em vista o baixíssimo nível dos adversários. Mas o arqueiro está longe de ser aclamado por uma multidão como o principal ocupante da vaga e, por atuar fora, não estará presente nos próximos dois compromissos. Assim, Mano não fugiu do esperado ao chamar Jefferson, no Botafogo, e Cássio, do Corinthians.

Os dois têm um histórico recente bastante positivo em seus clubes e se encaixam na proposta de se testar algumas das melhores peças em atividade no Brasileirão. No entanto, fica o questionamento: se é para chamar os melhores, por que não incluir o nome de Diego Cavalieri, que vem se destacando como, de fato, o melhor goleiro em atividade no país desde o Brasileiro do ano passado?

Os méritos de Cássio não devem ser desconsiderados, mas a boa impressão deixada pelo goleiro do Corinthians se deve muito à ótima campanha do Timão na Libertadores. Defensivamente, a equipe de Tite é forte, e Cássio é parte fundamental nesse esquema. Mas suas atuações, definitivamente, não merecem tanto destaque quanto as do goleiro do Tricolor carioca.  Nessa briga, seria possível ainda incluir Rafael, titular da Seleção durante uma excursão de quatro amistosos, mas que se lesionou pouco antes dos Jogos Olímpicos de Londres. Recuperado, ele já vem fazendo boas atuações pelo Peixe, mas desta vez acabou não sendo lembrado pelo comandante Menezes.

Carência é visível nas laterais; nenhuma surpresa na zaga

Mas se existe um setor onde faltam opções à altura dos titulares, este é a lateral. A convocação de Mano traz jogadores pouco expressivos, dos quais não se pode esperar um futuro muito promissor vestindo o uniforme verde-amarelo. A presença de Lucas Marques, do Botafogo, Fábio Santos, do Corinthians, Carlinhos, do Fluminense, e Marcos Rocha, do Atlético-MG, contrasta com a qualidade de Daniel Alves e Marcelo, titulares absolutos da equipe principal.

Os quatro fazem um bom papel em seus clubes, mas tecnicamente ficam longe do que se espera nos confrontos contra grandes seleções. Quem ficou de fora desta vez foi Bruno Cortez, convocado para o Superclássico no ano passado, quando se destacou pelo Botafogo. A ausência do jogador, no entanto, é perfeitamente justificável, considerando o momento ruim que vive no irregular São Paulo e sua deficiência crônica como jogador de marcação.

Já a posição de Dedé e Réver não traz surpresas, nem gera grandes contestações. Os dois são os reservas da equipe principal. O são-paulino Rhodolfo é que não tem feito nesse Brasileirão atuações tão seguras como em anos anteriores. Aliás, é ele um dos principais alvos das críticas quando se fala na fragilidade da defesa do time de Ney Franco. Seu companheiro Rafael Toloi seria uma escolha mais adequada pelo que vem apresentando desde que chegou ao Morumbi, mas a diferença entre os dois está longe de ser algo gritante.

Revelação Bernard é o destaque da lista no meio-campo

Os volantes Ralf e Paulinho já eram nomes bastante cotados e foram confirmados. O primeiro, responsável pela proteção da zaga, não tem tanta perspectiva na Seleção principal quanto o segundo, muitas vezes destaque no Timão por sua característica de elemento surpresa. Mas a presença na lista para o Superclássico mantém certa coerência. Outro nome bem lembrado por Mano foi o de Fernando, do Grêmio, que vem fazendo bons jogos pelo Tricolor gaúcho. Arouca, do Santos, era mais do que esperado após ter sido convocado para os últimos amistosos.

Mais à frente, onde o polêmico Paulo Henrique Ganso teria presença garantida em circunstâncias normais, a criação das jogadas ficará sob a responsabilidade de Bernard, Lucas, Jadson e Thiago Neves. O garoto do Galo é uma das revelações do Brasileirão e surge como uma das grandes novidades na lista. O camisa 7 do São Paulo, por sua vez, não é nenhuma surpresa, visto que ainda passa por um período de testes, conforme previsto por Mano Menezes antes mesmo dos recentes amistosos. Já os dois últimos têm se mostrado muito irregulares ao longo do ano, mas terão uma boa oportunidade de mostrar serviço.

Luis Fabiano e Wellington Nem comandam o setor ofensivo

Uma das explicações que Mano Menezes mais vem tendo que dar nos últimos dias é a ausência de Fred, do Fluminense, artilheiro do Brasileirão com 11 gols. Depois das recentes declarações do centroavante à imprensa dizendo que o técnico da Seleção não gostava de seu trabalho, ficou evidente que o clima entre os dois não favoreceria uma convocação no momento.

Quem não tem nada com isso e terá uma bela chance é Luis Fabiano. O atacante vive ótima fase no São Paulo e não joga pela Seleção desde a Copa de 2010, mas terá que superar seu histórico de lesões se quiser garantir uma vaga no próximo mundial. Além dele, Wellington Nem vem sendo peça essencial no setor ofensivo de Abel Braga, ao lado do próprio Fred. O que fica evidente é que a dupla completa, junto com Neymar e Leandro Damião, uma linha de frente que impõe respeito a qualquer adversário.  

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