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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Nobre diz que Barcos poderia sair de graça se não negociasse com o Grêmio


Pouco antes das 16h30 desta sexta-feira, os jogadores do Palmeiras pararam tudo aquilo que faziam para assistirem a uma cena inusitada: no centro do gramado do Spa Sport Resort, em Itu, três passageiros desciam de um helicóptero vermelho e branco, em cena cinematográfica: Paulo Nobre, o presidente, José Carlos Brunoro, o diretor executivo, e Omar Feitosa, gerente de futebol, fechando a reunião dos três homens fortes do futebol do clube. Coube ao mandatário o pronunciamento desta sexta-feira, apenas para explicar a saída do argentino Hernán Barcos.
O presidente do Verdão não se manifestava oficialmente quanto à decisão desde que José Carlos Brunoro fechou a venda do argentino para o Grêmio por R$ 5 milhões, mais as dívidas de R$ 3 milhões que o clube paulista tinha com o próprio Barcos e também com a LDU, do Equador, na semana passada. O Pirata já marcou até gol pelo Grêmio, enquanto o Palmeiras ainda não definiu os cinco jogadores que viriam do Sul para integrarem o plantel de Gilson Kleina.
"O Grêmio necessitava do Barcos, o Palmeiras necessitava montar um elenco. Quando veio a proposta ele manifestou vontade de sair do clube por causa do sonho de jogar a Copa do Mundo. Ele tinha intenção de sair do Palmeiras para não jogar Série B, então respeitamos a vontade do jogador porque podíamos perdê-lo", apontou Paulo Nobre, justificando a saída do ex-ídolo do elenco pela possibilidade de ver o jogador rescindindo o contrato na Justiça.
Em dezembro de 2012, Barcos teve o contrato renovado com o Verdão e aumentou significativamente os valores de salário. O problema é que a antiga diretoria do clube não honrou com sua palavra e o atraso já chega a três meses, período que permite a qualquer profissional solicitar a rescisão de contrato com seu empregador na Justiça: "O Palmeiras deu aumento em dezembro com data retroativa a outubro e não honrou. Isso dava ensejo ao Barcos de pleitear sair do clube. Eu não quis correr esse risco. Ele teve uma atitude 100% com o Palmeiras, foi sério, respeitou a instituição".
Paulo Nobre chamou a saída de Barcos de "primeira decisão polêmica" como presidente do Palmeiras e garante que está escolhendo cirurgicamente os cinco jogadores do Grêmio que vêm como compensação. O primeiro até estreou na primeira rodada da Copa Libertadores, que foi o zagueiro Vilson, e mais dois foram apresentados nesta sexta-feira: o volante Léo Gago e o atacante Leandro. Os meias Rondinelly e Marco Antônio são os próximos alvos, já que Marcelo Moreno recusou a oferta palmeirense.
"Íamos ter a troca por cinco jogadores, mais compensação e dívidas. O Grêmio nos apresentou uma lista e estamos escolhendo cirurgicamente. Foi a primeira decisão polêmica dessa presidência, e eu posso até vir a errar, mas não vou errar por omissão. É um ônus da presidência tomar decisões difíceis quando elas aparecerem. Toda decisão será o melhor para o Palmeiras", encerrou Nobre, antes de entregar as camisetas do Palmeiras a Léo Gago e Leandro e dizer "honrem muito".

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