O zagueiro Cris confessou seu descontentamento após a expulsão no fim do primeiro tempo do empate sem gols entre Grêmio e Fluminense, na última quarta, pela Libertadores. Apesar de criticar a posição do árbitro Ricardo Marques Ribeiro e de uma suposta "cena" do atacante Rafael Sóbis no lance, o experiente jogador deu razão às vaias recebidas pela torcida. Na segunda etapa, a superiordade numérica do Tricolor carioca por pouco não resultou em vitória do time de Abel Braga.
- Estou acostumado. Vivi nove anos na Europa e lá eles não marcam quase nada. Antes de dar o cartão, o juiz analisa o jogador caído para ver a gravidade da falta. E depois ele julga quem fez a falta. Estou consciente. Foi uma falta para matar a jogada no meio campo. Fiquei chateado. Fiquei p... da vida por ter deixado a minha equipe num jogo importante na mão. O torcedor tem toda a razão de vaiar e criticar. Fui para casa nervoso. Não dormi. Minha filha acordou às 6h e eu estava acordado. Não aceito a derrota assim como não aceito coisas injustas. Estou no projeto do Grêmio. A torcida tem razão - disse o zagueiro em coletiva nesta quinta-feira.
Ao comentar especificamente sobre a jogada que o tirou do restante da partida, Cris avaliou o lance como forte, porém típico de uma Libertadores. Em sua defesa, ele alegou que não teve a intenção de machucar o atacante adversário.
- Estou mais calmo. Deu para analisar o lance, a jogada e realmente foi uma jogada forte, dura, de zagueiro, na qual os dois jogadores disputavam a bola, era um contragolpe, a bola estava com o goleiro adversário, foi nítido que tentei pegar a bola. Numa disputa, aconteceu a falta. O juiz se equivocou ao dar o vermelho. Não agredi ninguém, não machuquei ninguém. Teve uma cena forte do adversário. Estou ciente de que a falta não foi para vermelho. Até porque é um jogo de Libertadores e todos sabemos que é uma partida dura e forte. Estou tranquilo, não agredi ninguém. Não foi para vermelho.
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